Precisamos reduzir o tempo de aprovação do crédito imobiliário, diz Crestana
28/03/2011
Embora o crédito imobiliário esteja crescendo satisfatoriamente no Brasil, ainda há muitos desafios a serem enfrentados. A afirmação é do presidente do Secovi-SP, João Crestana. "Hoje uma pessoa compra um carro de R$ 100 mil no Brasil e em quatro dias já está andando com ele pelas ruas, com o domumento de propriedade. Mas uma pessoa que quer comprar uma casa de R$ 70 mil, ou seja, mais barata que o carro, se tiver muita sorte terá seu financiamento aprovado em dois meses", afirma.
Para o executivo, o setor imobiliário oferece muito mais segurança às instituições que emprestam dinheiro do que o automotivo, e por isso deveria ter concessões mais fáceis. "Os imóveis tem a vantagem de não poderem ser levados ao Paraguai para serem vendidos no mercado paralelo. Então a garantia do mercado imobiliário é muito maior, mas ainda não encontramos uma maneira de, em uma ou duas semanas, a família que quer financiar um imóvel ter seu crédito aprovado e os documentos de posse totalmente formalizados".
Além disso, completa ele: "hoje temos tecnologia que nos permite fazer as coisas de forma mais rápida e barata e essa tecnologia precisa ser usada a favor do crédito imobiliário".
Fontes de financimento
Crestana conta que atualmente há recursos suficientes no mercado para financiar o crédito imobiliário, mas o cenário pode mudar em alguns anos.
"Hoje as famílias de menor renda podem contar com recursos do Orçamento da União e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a classe média e classe média alta contam com recursos vindos principalmente da poupança. Mas em 3 ou 4 anos, pode ser que esses recursos não sejam mais sustentáveis".
Para o presidente, é por isso que desde já é preciso iniciar um movimento para se encontrar outras fontes de recursos. "É preciso que, daqui 4 anos, esses recursos ainda estejam disponíveis e em volumes mais altos, porque é certo que precisaremos de mais recursos do que precisamos hoje".
Crescimento
Isto porque o executivo acredita que o crédito imobiliário crescerá bastante no País nos próximos anos. "Hoje o crédito geral é de 45% do PIB, mas 40% é crédito ao consumidor e o imobiliário representa apenas 3% ou 4%, o que é muito pouco. Para se ter uma ideia, no mundo inteiro o crédito ao consumidor é semelhante a isso, mas o imobiliário é muito maior. No Chile e no México é de 15% a 20% do PIB, nos países europeus representa entre 30% e 50% e há países em que o crédito imobiliáerio chega a 90% do PIB".
Para ele, se em 10 anos atingirmos os níveis do Chile e do Méximo já será um bom número. "Acredito que nesse período nosso crédito imobiliário também será de 20% do PIB. E esse será o de um país maduro, que poderá oferecer à sua classe média a possibilidade de comprar uma casa e pagar em 15, 20 ou 30 anos".
Fonte: Portal UOL
Brasileiros poderão sacar FGTS em outros países
28/03/2011
Trabalhadores brasileiros no exterior poderão sacar o dinheiro das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A iniciativa, que começou com um projeto piloto no Japão, deve ser expandida gradualmente para outros países, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Um acordo entre o Itamaraty e a Caixa Econômica Federal (CEF) sobre o assunto foi firmado nesta quinta-feira (24). Atualmente, somente os Consulados-Gerais do Brasil no Japão estão aptos a receber a documentação necessária para o saque de contas do FGTS. Naquele país, os emigrantes podem retirar os recursos em caso de aposentadoria e conta inativa por mais de três anos. A compra da casa própria não é permitida. O ministério não informou quando e em que países a decisão começa a valer, nem informou se as condições serão as mesmas implantadas no Japão.
Fonte: Estadão
Faltam opções de imóveis até R$ 170 mil
28/03/2011
O mercado imobiliário ainda não tem muitas opções para quem quer um financiamento pelo programa Minha Casa, Minha Vida com o novo teto de imóvel, que passou de R$ 130 mil para R$ 170 mil na região metropolitana. A mudança começou a valer no início deste mês. O programa dá crédito com juros mais baixos do que os outros tipos de financiamento da casa própria.
Em pesquisa com dez construtoras e incorporadoras da capital, o Agora encontrou apenas 12 empreendimentos com preços acima de R$ 130 mil e abaixo do novo teto. A maior parte das opções, 23, custa até R$ 130 mil.
E quem comprar um desses imóveis ficará mais longe do centro da cidade. Independente do valor, os empreendimentos ficam localizados em bairros no extremo capital e em cidades da Grande São Paulo. O novo teto pode dar ao consumidor a opção de escolher apartamento maiores e mais bem localizados, mas isso ainda não ocorreu.
Fonte: Jornal Agora SP
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