sexta-feira, 15 de abril de 2011

Água torna-se estratégica na construção civil Uso racional de recursos hídricos no setor ganha estímulo do governo, através de chamada pública da Agência Nacional de Águas

Por: Altair Santos
O uso racional de água no setor da construção civil levou a Agência Nacional de Águas (ANA) a lançar no final de 2010 uma chamada pública para atender ao projeto “Desempenho e Inovação de Sistemas e Componentes para Uso Eficiente de Água em Edifícios”. O objetivo é estimular experiências voltadas à economia de recursos hídricos, que minimizem perdas e maximizem a eficiência. Para os trabalhos que forem selecionados, a ANA irá distribuir R$ 500 mil para as pesquisas.
Segundo Cláudio Ritti Itaborahy, que na ANA exerce o cargo de especialista em recursos hídricos, as propostas apresentadas ainda não podem ser divulgadas, pois estão sob avaliação do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv). Serão contempladas entidades privadas sem fins lucrativos. Caso nenhum trabalho seja aprovado, a Agência Nacional de Águas irá relançar o edital para uma nova seleção de projetos.
A proposta da ANA se divide em dois subprojetos: 1) Levantamento de perfil de utilização de água em pontos de consumo em edifícios residenciais (padrões: interesse social, médio-baixo e médio) e edifício de escritórios; e 2) Avaliação de desempenho de sistemas de água não potável em edifícios. “Eles referem-se ao consumo de água e desempenho de sistemas hidráulicos em edificações já concluídas”, explica Cláudio Ritti Itaborahy.
A iniciativa da Agência Nacional de Águas de estimular projetos construtivos que reduzam o consumo de água se deu pelo incentivo do próprio setor da construção civil. Segundo Itaborahy, um dos impulsos foi a iniciativa do SindusCon-SP, em parceria com a ANA e a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), de publicar o manual de “Conservação e Reuso da Água em Edificações”. “Além disso, é notável a atuação do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) na implantação de conceitos e práticas sustentáveis na cadeia produtiva da indústria da construção civil”, reforça.
Some-se a essas ações, o surgimento de certificações como a LEED e AQUA, que exigem baixo consumo de água para que reconheçam uma edificação com o selo de prédio verde, e que conduziram a ANA a se voltar para o estímulo de obras preocupadas com projetos hídricos econômicos. “A certificação de boas práticas hoje é uma exigência de vários mercados que demandam produtos que utilizam recursos naturais, dentre eles a água. E a construção civil não é exceção”, comenta o especialista em recursos hídricos da agência.
Segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA), com base em pesquisa da Sociedade Americana dos Engenheiros Civis (ASCE), o setor urbano é responsável por 26% do consumo de toda água potável do país. Já a construção civil responde por 16%. O uso deste recurso não se restringe ao período de construção do empreendimento, mas se estende à edificação já concluída e habitada. Neste caso, um edifício residencial convencional tem nos sanitários os grandes consumidores – responsáveis por aproximadamente 70% de toda a água utilizada em um condomínio.
Entrevistado
Cláudio Ritti Itaborahy, especialista em recursos hídricos da ANA
Currículo
- Doutor em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa
- Na ANA (Agência Nacional de Águas) exerce o cargo de especialista em recursos hídricos, com lotação na Gerência de Uso Sustentável de Água e Solo (GEUSA)
Contato: claritti@ana.gov.br / imprensa@ana.gov.br / claudia.dianni@ana.gov.br (assessoria de imprensa)
Crédito foto: Divulgação/ANA

Custos da construção sustentável não são repassados ao consumidor 15/04/2011

O custo para construir um imóvel "verde" pode ser de 3% a 8% maior do que o comum, dependendo da tipologia dele (comercial, residencial, casa ou edifício) e do grau de sustentabilidade. Porém, de acordo com o diretor de Sustentabilidade do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Hamilton de França Leite Júnior, esse montante não tem sido repassado para o consumidor final, e sim incorporado pelas empresas.
"Vemos que se o consumidor tem duas opções de imóveis com as mesmas características e preço igual, ele escolhe pelo sustentável. Mas ele não está disposto a pagar mais por isso", explica.
Leite Júnior diz que as vantagens de um imóvel "verde" são muitas, como a redução no consumo de água e energia, o que deixa o condomínio até 25% mais em conta. Mas as pessoas ainda não sabem avaliar e quantificar os reais benefícios deles.
Auto-denominação x Selo de sustentabilidade
Entretanto, ele alerta que algumas construtoras afirmam que seus próprios empreendimentos são sustentáveis, sem abrangerem todos os aspectos de um imóvel considerado "verde". Leite Júnior cita quatro quesitos diferentes para análise:
Obra: envolve o processo de construção; redução de perda de materiais; preocupação com o entorno da construção; a origem do material escolhido, como a madeira, entre outros.
Saúde do ocupante: tinta à base de água nas paredes internas (há produtos que emitem gases tóxicos ao longo da vida útil); a acústica do imóvel, etc.
Meio ambiente: redução do consumo de água e energia; diminuição de emissão de poluentes e gases de efeito estufa, entre outros.
Conforto: visual, olfativo, de temperatura, etc.
"É preciso avaliar uma série de questões para dizer se o empreendimento é sustentável", pondera Leite Junior. Por isso, ele acredita que o ideal é uma terceira parte dizer isso, como as certificações.
Entre as existentes hoje no Brasil, temos o LEED (do Green Building Council), que é importado dos EUA; o AQUA (da Fundação Vazolini), baseado no francê Haute Qualité Environnementale – HQE; e está chegando um com conceito inglês, chamado Breeam.
Pré-requisito!
Ele acredita que ainda estamos na fase inicial e começando a entender os valores da sustentabilidade na construção civil. Mas o que hoje é uma tendência será uma exigência no futuro.
"Os clientes de imóveis têm de 30 a 40 anos. As gerações mais novas têm mais informações e, quando forem comprar, vão ter a sustentabilidade como pré-requisito e não como diferencial", aponta.
ONU
No início do mês de abril, o Secovi-SP se filiou ao SBCI (Sustainable Buildings and Climate Initiative), uma iniciativa do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente).
De acordo com Leite Junior, o sindicato tem o papel de buscar ações que estão sendo implementadas pelo mundo e disseminar no mercado imobiliário interno. "Estar no SBCI é uma forma de ter contato direto e acesso a profissionais e organizações do mundo inteiro", enfatiza.
O órgão congrega os stakeholders-chave do setor imobiliário (indústria, negócios, governo, autoridades locais, instituições de pesquisa, universidades, especialistas e ONGs) e trata especificamente da sustentabilidade em assuntos relacionados à edificação e ocupação urbana, especialmente no que diz respeito às alterações climáticas, trabalhando para promover as melhores práticas na área.
Fonte: Infomoney

quinta-feira, 14 de abril de 2011

VÍDEOS CIDADE UNIVERSITÁRIO

Sempre na busca de oferecer novidades que possam ajudar a transparecer o que é ser PEDRA BRANCA, repasso links onde há material para consulta com informações muito preciosas
 
Visando mante-los  informados, sugerimos que todos assistam aos vídeos abaixo, fruto de entrevistas com os diversos especialistas envolvidos no projeto Pedra Branca.

Esse rico material está recheado de depoimentos e conceitos, que certamente os ajudarão em suas
 decisões

GRAVAÇÕES CIDADE UNIVERSITÁRIA PEDRA BRANCA
2010
MAIO
Programa dia 24
Bloco 1 – showroom pedra branca – Marcelo, Dilnei Ricardo e Kátia Menezes
Bloco 2 - Dilnei e Marcelo - sustentabilidade
Bloco 3 - festa de lançamento – Valério e Sérgio (grupo Espírito Santo)

showrrom - http://www.youtube.com/watch?v=M_306g_KiD0
showroom - parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=blNlo3AAacI
showroom parte 3 - http://www.youtube.com/watch?v=CF4ZDFF_SlY

Programa dia 31
Bloco 1 – apartamento decorado Kátia Menezes 
parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=ViPXRU2WYNA
parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=VbdA5GxCVLc


JUNHOPrograma 14
Bloco 1 e 2 – Decorado Taís Bonetti
parte 1- http://www.youtube.com/watch?v=c9rdNWbClDE
parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=PpqJp2zlFYs


JULHO
Programa dia 05
Bloco 3 – entrevista Giovani Bonetti  - http://www.youtube.com/watch?v=zdq2SV4ImWA
AGOSTO
Programa dia 2
Bloco 1 –decorado Kátia Menezes (reapresentação)
Programa dia 16
Bloco 3 – reprise entrevista Max Rumis (reapresentação)  http://www.youtube.com/watch?v=ZUj_MLwIkoY

SETEMBRO
Programa dia 13
Bloco 3 – entrevista Silvia Lenzi -  http://www.youtube.com/watch?v=XnL7btjK5Vg

Programa dia 20
Bloco 3 – entrevista Silvia Lenzi (reapresentação)

NOVEMBRO
Programa dia 01 Bloco 3 – SISAU (Michael Timoff e Valério Gomes)  - http://www.youtube.com/watch?v=CSyiMoQu4l4


FESTIVAL DA PRIMAVERA

Programa dia 22
Bloco 2 –  chamada Festival da Primavera

Programa dia 29
Bloco 2 – matéria Festival da Primavera - http://www.youtube.com/watch?v=rao4MjJxEYM

DEZEMBRO
Programa dia 06
Bloco 2 – Chamada festival da Primavera

2011
FEVEREIRO
Programa dia 21
Bloco 3 – entrevista Dilnei Bittencourt - http://www.youtube.com/watch?v=mamXgEvAiqY


MARÇO 2011
Programa dia 14 
Bloco 3 – entrevista Nelson Teixeira - http://www.youtube.com/watch?v=zU_MnvEqSaA

Crédito imobiliário cresce 55,3% em 12 meses 30/03/2011

O Banco Central informou nesta terça-feira que o crédito relacionado a imóveis manteve a boa fase e, nos 12 meses até fevereiro, cresceu 55,3%, para R$ 146,4 bilhões. Entre janeiro e fevereiro de 2011, o aumento foi de 2,7%.
Os recursos livres para o crédito imobiliário somaram R$ 8,2 bilhões em fevereiro, em alta de 81,3% frente ao mesmo período de 2010 e de 6,9% na comparação com janeiro, o que mostra um ritmo maior de crescimento, embora o volume de crédito concedida por ela seja menor.
O sistema financeiro público emprestou R$ 110,7 bilhões ao crédito habitacional, direcionado a pessoas físicas e cooperativas habitacionais, em fevereiro, em alta de 52,6% em 12 meses e de 2,8% em relação a janeiro. O sistema financeiro privado nacional foi responsável por R$ 21,4 bilhões em empréstimos, uma alta de 55,2% em 12 meses e de 3,8% em um mês.
Já para as instituições financeiras estrangeiras, o crédito habitacional cresceu 0,6% entre janeiro e fevereiro, e 33,9% em 12 meses, para R$ 14,2 bilhões no segundo mês de 2011.
Fonte: O Dia

Imóveis serão o melhor investimento para brasileiros 30/03/2011

Imóveis serão a melhor opção de investimentos em 2011 na avaliação de 34% dos brasileiros, segundo pesquisa realizada pela gestora de recursos Franklin Templeton.
Em seguida, para 23% dos entrevistados, vêm as ações como melhor alternativa de ativo para o ano. Já as commodities não-metálicas foram apontadas por 14% do público.
A expectativa de bons ganhos com imóveis também se repete quando se olha para um período de dez anos. O ativo foi apontado por 26% dos entrevistados, enquanto ações foram citadas por 21% e commodities não-metálicas, por 19%.
- O investidor vê a valorização que os imóveis estão registrando e acredita que isso vai continuar - afirma o presidente da Franklin Templeton no Brasil, Heitor Lima.
A Pesquisa sobre o Sentimento dos Investidores Globais foi realizada em janeiro em 12 países, incluindo Brasil, Chile, México, Hong Kong, Índia, Coreia do Sul, Cingapura, Alemanha, Itália, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá.
Na média da América Latina - considerando Brasil, Chile e México -, o investimento em imóveis foi apontado por 29% dos entrevistados como a melhor alternativa de aplicação, enquanto as ações tiveram 20% da preferência.

Brasileiro acha imóvel o melhor investimento em 2011 30/03/2011

Os brasileiros acreditam que os imóveis serão os ativos com melhor desempenho em 2011, mostra levantamento da gestora de recursos Franklin Templeton. Perguntados sobre os mercados que teriam melhor performance neste ano, 34% dos entrevistados respondeu que seria o de imóveis, e 26% acreditam que o mercado imobiliário continuará liderando em performance nos próximos dez anos.
Além disso, 39% das pessoas consultadas declararam que pretendem investir em imóveis em 2011. À frente desse percentual só ficou a renda fixa, presente nas intenções de investimentos de 53% dos entrevistados. Trinta por cento responderam ter a intenção de investir em ações em 2011.
Depois do mercado imobiliário, os mercados que devem ter as melhores performances em 2011 são o de ações, apontado como o de provável melhor desempenho por 23% dos entrevistados, e o de commodities não metálicas, indicado por 14% das pessoas.
A pesquisa da Franklin Templeton mostra, ainda, que o investidor brasileiro está bastante otimista em relação ao mercado nacional e também às oportunidades no exterior. Boa parte dos entrevistados acredita que a performance da Bolsa brasileira foi melhor do que de fato foi, e metade crê num desempenho ainda melhor em 2011.
A média de retorno esperada pelos brasileiros é de 16,7%, bem acima da média global, de 11,5%. Para os próximos dez anos, cerca de 70% dos brasileiros pretendem investir fora do país.
A pesquisa de sentimento global em relação a investimentos consultou, no mês de janeiro, 13.076 pessoas, com idades de 18 a 64 anos em 12 países (Brasil, Chile, México, Hong Kong, Coreia do Sul, Cingapura, Alemanha, Itália, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá). No Brasil, foram ouvidos 1.004 adultos.
Fonte: Exame

Otimista, brasileiro espera retorno anual de 16,7% nos investimentos em dez anos 30/03/2011

Os investidores brasileiros esperam um retorno médio anual de 16,7% dos seus investimentos nos próximos dez anos. O percentual está bem acima da média mundial, de 11,5%, identificada em estudo feito pela ORC International, a pedido da Franklin Templeton, empresa global de investimentos.
A pesquisa mostra que o otimismo dos brasileiros só perde para os indianos, que esperam uma média de retorno dos investimentos de 17% para o mesmo período. O otimismo dos brasileiros com relação aos ganhos não é à toa e apenas reflete o otimismo que eles têm com relação ao próprio mercado de ações.
O estudo mostra que, para este ano, 52% dos entrevistados do País acreditam que o mercado terá um desempenho acima da performance dos demais países do mundo. Considerando os próximos dez anos, 68% dos investidores do País esperam resultados maiores que os apresentados pelos mercados de outros países.
Para o estudo, a empresa ouviu 13.076 pessoas em 12 países do mundo – Brasil, Chile, México, Hong-Kong, Índia, Coréia do Sul, Cingapura, Alemanha, Itália, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá. As entrevistas foram realizadas entre os dias 6 e 17 de janeiro.
Imóveis agora e em dez anos
Os brasileiros estão apostando em imóveis neste ano e para a próxima década. O estudo aponta que 34% acreditam que os investimentos imobiliários terão melhor desempenho em 2011 que os demais ativos. Para os próximos dez anos, 26% acreditam na melhor performance dessa modalidade de investimento.
Considerando ainda as expectativas dos investidores do País, 23% apostam que ações apresentarão a melhor performance neste ano. Já 21% esperam ótimos resultados desses ativos nos próximos dez anos. As commodities não-metálicas serão os destaques deste ano para 14% dos brasileiros. Para a próxima década, esses ativos apresentarão desempenho acima dos demais para 19% dos entrevistados.
Embora acreditem no desempenho dessas modalidades, 53% dos investidores brasileiros pretendem investir em renda fixa, 39% em imóveis e 30% em ações neste ano.
Outros mercados
Os investidores brasileiros também veem em outros países oportunidades de aumentar seus rendimentos. Tanto que 70% deles pretendem investir em outros mercados nos próximos dez anos. Considerando todos os entrevistados do mundo, 62% pretendem fazer o mesmo. E 50% já estão de olho em investimentos em outros países neste ano.
“Diante da previsão de uma melhor economia mundial, cada vez mais os investidores buscam oportunidades de investimento no mercado globalizado”, afirmou em nota o presidente da Franklin Templeton Investments, Greg Johnson. “Hoje, uma carteira diversificada não é mais somente um mix de classes de ativos, mas é também um mix de regiões geográficas”, completou.
Para 86% de todos os entrevistados para a pesquisa, as melhores oportunidades de investimento para os próximos dez anos estão nos mercados asiáticos e 61% acreditam que estejam nos mercados latinoamericanos.
Considerando os investidores europeus, 53% estão de olho nos mercados emergentes para investimentos para os próximos dez anos. E nos Estados Unidos e Canadá, 37% dos pesquisados também acreditam nesse potencial.
Fonte: UOL

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Caixa apresenta resultado do crédito imobiliário no primeiro trimestre 13/04/2011

Neste primeiro trimestre de 2011, a Caixa Econômica Federal assinou 226.381 contratos totalizando R$14,7 bilhões em financiamentos habitacionais. Comparando com o mesmo período do ano passado, quando foram aplicados R$14,6 bilhões, verifica-se a manutenção do bom ritmo das contrações.
O banco registrou uma média de R$ 236,6 milhões e 3.651 contratos ao dia em 2011, sendo que 50% das famílias beneficiadas têm renda até 10 salários mínimos.
Os financiamentos com recursos da poupança foram responsáveis por R$ 7,7 bilhões dos valores contratados, o que representa um crescimento de 14,8% na utilização, em comparação com o primeiro trimestre de 2010. Por sua vez, as contratações com recursos do FGTS corresponderam a R$ 6,8 bilhões, significando 11,4% de aumento na aplicação em financiamentos e subsídios.
Para imóveis novos foram destinados 56% de todo o montante contratado corresponde a R$ 8,1 bilhões.
O financiamento para material de construção tem destaque, no primeiro trimestre, apresentando um crescimento de 18,2%, com um volume de R$ 1,3 bilhão contratados.
Na nova versão do Programa Minha Casa Minha Vida já foram realizados aproximadamente R$ 4,6 bilhões em financiamentos, propiciando a construção de 64.422 novas unidades habitacionais concentradas principalmente na faixa de renda de até 6 salários mínimos.
Para o presidente da instituição, Jorge Fontes Hereda, “esses resultados demonstram a sustentabilidade do ciclo virtuoso do mercado imobiliário brasileiro e reafirmam nossas expectativas quanto a um bom desempenho do crédito habitacional para o ano de 2011, em todo o Brasil.”
Agora no mês de abril, o programa Minha Casa Minha Vida completa dois anos com mais de 1 milhão de moradias financiadas pelo programa, beneficiando milhares de famílias brasileiras que realizaram o sonho da casa própria e fugiram do aluguel.
Habitação no Mato Grosso do Sul
No Mato Grosso do Sul foram financiados 2.246 imóveis no primeiro trimestre de 2011, contabilizando um investimento no valor de R$ 171,3 milhões. As linhas de crédito com recursos do FGTS alcançaram mais de R$ 93,63 milhões, com 1.159 contratos em 2011. Para as operações do SBPE, o volume foi de R$ 77,68 milhões, beneficiando 1.087 famílias.
O volume de recurso liberado apresenta um crescimento de 16% se comparados ao mesmo período de 2010, quando foram liberados R$ 148 milhões.
Para o superintendente da CAIXA, Paulo Antunes de Siqueira, o crescimento de 16% do crédito habitacional no Mato Grosso do Sul demonstra que o mercado continua aquecido e com tendência de alta. “Considerando que a Caixa possui em análise no Estado 106 empreendimentos habitacionais, onde serão aplicados R$ 1,05 bilhões na construção de 15.260 unidades habitacionais, deveremos superar o recorde histórico de R$ 1 bilhão aplicados no Mato Grosso do Sul em habitação no ano de 2010”.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Moradias, atenção especial 12/04/2011

Com a suspensão, pela Caixa Econômica Federal, das contratações do Programa Minha Casa, Minha Vida para a construção de moradias destinadas a famílias com renda mensal de até R$ 1.395,00, as atenções voltam-se para o Congresso Nacional, onde desde 1º de dezembro tramita a Medida Provisória 514, que altera a legislação sobre este programa.
Entre outras alterações, estão: aumento dos recursos do Fundo de Arrendamento Residencial para subsidiar esses imóveis, de R$ 14 bilhões para R$ 16,5 bilhões; possibilidade de utilizar terrenos com documentação precária; mudanças no trâmite administrativo junto à Caixa; prioridade para famílias em áreas de risco, insalubres ou desabrigadas; recuperação de imóveis, destinando-os ao uso residencial; e possibilidade de edificar espaços comerciais, cujo aluguel ajudaria no pagamento do condomínio.
Aprovada a MP, o que precisa acontecer ainda neste mês para não atrasar ainda mais o programa, a Caixa deverá adequar o orçamento e modificar os procedimentos operacionais. As pequenas e médias construtoras, que responderam pela execução de 90% das obras da 1ª fase do PMCMV, dependem dessas definições para se planejarem.
Espera-se também um substancial incremento nos valores máximos para a contratação da construção das moradias. Diante dos preços dos terrenos e dos aumentos de custos com a mão de obra e os insumos, no ano passado o valor máximo de R$ 52 mil pago pela Caixa por unidade habitacional já era insuficiente para viabilizar as contratações na capital paulista, que abriga o maior déficit habitacional do país.
Também se espera a correção do limite de R$ 1.395,00 para a renda das famílias a serem beneficiadas neste segmento. Três salários mínimos equivalem hoje a R$ 1.635,00.
Todas estas são medidas indispensáveis, considerando-se que o PMCMV, nesta sua segunda fase, pretende que 1,2 milhão dos 2 milhões de novas moradias seja destinado a famílias com renda de até três salários mínimos.
Ao mesmo tempo, é preciso fazer avançar as obras de saneamento básico do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Apesar de um maior volume de investimentos em 2010, em comparação a 2009, essas obras correm o risco de serem finalizadas apenas em 2015.
De acordo com levantamento divulgado pelo Instituto Trata Brasil, com dados de 101 projetos em cidades com mais de 500 mil habitantes, até o momento somente 4 obras foram finalizadas. A maioria delas não atingiu a metade de sua execução e algumas ainda não se iniciaram.
A maior dificuldade não está mais na ausência de projetos, como aconteceu no lançamento do PAC em 2007, mas na necessidade de revisão dos mesmos. É preciso repactuar os valores negociados e readequar os prazos de execução, pois já sobe para 30 o número dessas obras paralisadas no país.

Banco do Brasil vai lançar crédito associativo 12/04/2011

A diversificação dos produtos faz parte da estratégia da instituição para crescer no crédito imobiliário e estar entre os três maiores bancos do setor no final de 2012
O Banco do Brasil vai lançar em maio um novo produto para empresas da construção: o crédito associativo. Nessa modalidade, o banco financia os compradores do imóvel desde a venda na planta. Ao longo da obra, os mutuários pagam as parcelas ao banco e o banco repassa os valores à construtora. Segundo Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de novos negócios de varejo do Banco do Brasil, a grande vantagem é que o valor dos contratos não incide no limite de crédito da construtora.
O banco começou a atuar no crédito imobiliário no final de 2008. Hoje, possui uma carteira de R$ 4,4 bilhões e quer chegar ao final de 2011 com R$ 7 bilhões em recursos liberados. A meta, até o final de 2012, é estar entre as três maiores instituições financeiras deste segmento.
O crescimento vem acompanhado da ampliação do foco na pessoa jurídica. Hoje, apenas 15% da carteira imobiliária do banco está direcionada a empresas. Nos próximos dois anos, a instituição quer ampliar esta fatia para algo em torno de 55% e 60%. "Esse é um mix interessante sob o aspecto da perenidade da carteira", afirma Caffarelli.
Fonte: PiniWeb (Pâmela Reis)

Credicard fará refinanciamento de imóveis 12/04/2011

A Credicard, empresa de soluções de crédito do Citigroup, entra no nicho de refinanciamento de imóveis, em parceria com a Brazilian Mortgages, que pertence ao Grupo BFRE (Brazilian Finance Real Estate), do setor financeiro imobiliário.
Nesse tipo de empréstimo, o tomador do crédito -que pode ser utilizado para qualquer finalidade- deixa como garantia um imóvel que esteja em seu nome.
Esse é um segmento ainda incipiente no Brasil.
Nos últimos anos, outras instituições começaram a oferecer produtos nessa linha, como HSBC, Itaú e Bradesco. Mas o segmento segue pouco expressivo no mercado de crédito do país.
"No exterior, como nos EUA, a participação desse tipo de empréstimo no total do crédito imobiliário supera 60%", diz Fabio Nogueira, sócio-fundador e diretor da BFRE.
Contudo, é importante lembrar que a falta de controle sobre a qualidade do crédito foi o motor da crise que explodiu no mercado de hipotecas norte-americano e se alastrou para todo o sistema financeiro mundial.
Para evitar esse tipo de situação, dizem Credicard e BFRE, "há limites seguros" para o financiamento oferecido: a quantia não pode ultrapassar 50% do valor do imóvel e o comprometimento da renda familiar para o pagamento da dívida não pode ser maior que 30%.
Além disso, o valor do empréstimo, que começa em R$ 25 mil, pode chegar a, no máximo, R$ 750 mil.
"O brasileiro está aprendendo a se endividar, com um controle maior. Queremos oferecer todas as alternativas para que o consumidor selecione a mais adequada", explica Leonel Andrade, presidente da Credicard, que começou a investir em crédito pessoal em 2009.
Garantia
Na avaliação de Gilberto Braga, consultor e professor de finanças do Ibmec-RJ, o desenvolvimento do refinanciamento imobiliário no país é positivo. Por existir uma "garantia real", que é o imóvel, as taxas de juros tendem a ser menores do que outras praticadas no mercado.
Mas Braga alerta: esse tipo de crédito não é feito para "rolar outras dívidas". "O tomador do empréstimo tem que ter planejamento e certeza de que vai conseguir honrar o compromisso. Caso contrário, corre o risco de perder a casa", diz.
O consumidor deve lembrar que, na operação, o imóvel passa a pertencer ao credor por alienação fiduciária (mesmo mecanismo usado no financiamento para compra de imóveis e veículos) até a quitação da dívida.
Nesse caso, a execução da garantia (tomada do imóvel pelo credor) em caso de não-pagamento do débito é assegurada por lei.
Fonte: Folha de São Paulo

Bancos oferecem condições mais atrativas para financiamento imobiliário 11/04/2011

O financiamento de imóvel direto com os bancos tem aumentado. Taxas de juros menores e prazos mais longos são as principais vantagens do serviço
A melhor forma de financiar um imóvel hoje é através do sistema bancário. É o que acreditam o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE) e a Cooperativa da Construção Civil do Estado (Coopercon-CE) . Entre os principais motivos estão: prazos mais longos e taxas de juros mais competitivas.
O presidente da Coopercon-CE, Otacílio Valente, acrescenta que o financiamento também é uma garantia maior para fazer a compra.”Se tem financiamento, independente de crise ou de inadimplência, a instituição financeira vai bancar a construção da obra até o fim”, comenta, considerando que antes de emprestar, seja para a construtora, seja para o mutuário, toda documentação técnica e jurídica é examinada.
Segundo o presidente do Sinduscon-CE, Roberto Sérgio Ferreira, as construtoras nunca financiaram imóveis para a população de baixa renda. Sérgio destaca que elas não teriam condições de bancar porque até os bancos fazem isso de forma subsidiada e explica que a novidade hoje é que os bancos também estão financiando a produção das construtoras. Otacílio Valente concorda que nenhuma empresa conseguiria financiar imóvel para a baixa renda. Os dois estimam que 90% ou mais dos financiamentos hoje são feitos pelo sistema bancário.
Nesses casos, eles comentam que o financiamento pela Caixa Econômica, que usa dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é o melhor caminho.
Embora seja considerado menos burocrático o modelo de financiamento direto recebe cerca de 50% do valor do imóvel até a entrega das chaves e o restante deve ser pago no prazo de três a cinco anos. Pelo financiamento bancário, o mutuário paga até 30% antes de receber o imóvel e 70% é financiado em 20/ 30 anos para a pessoa pagar quando já estiver morando.
Simulação de compra
Os principais bancos têm simuladores na Internet e o cliente pode saber qual financiamento é compatível com seu perfil. É só colocar idade, salário, valor do imóvel e prazo para pagar e o programa mostra como ficaria o financiamento. No financiamento direto com a construtora, normalmente as prestações são corrigidas pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Nos últimos 12 meses, o INCC médio acumulado foi 7,44% ao mês (dados de março 2011).
Na entrega das chaves, a correção deixa de ser feita pelo INCC e passa a ser por juros cobrados pelas construtoras, que estão mais altos do que as taxas bancárias. Neste momento, o comprador pode trocar pelo financiamento de um banco.
O quê
Entenda a notícia
Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), diz que o volume de crédito imobiliário proveniente de recursos da caderneta de poupança deve atingir R$ 85 bilhões. Esse montante é 51% superior ao liberado em 2010l.
Condições de financiamento
Caixa econômica
A Caixa financia imóveis de qualquer valor, porém, se o cliente optar por utilizar recursos do FGTS, haverá um teto no valor de R$ 150 mil, valor que fica em R$ 130 mil para municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes, e em R$ 100 mil nos demais municípios brasileiros.
São diversas as opções de financiamento habitacional da Caixa, em até 30 anos para pagar. Todas estão acessíveis a todas as faixas de renda, para a construção ou reforma de imóvel residencial.
A Carta de Crédito FGTS Individual, que conta com recursos ou subsídios do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), é uma linha de financiamento que utiliza recursos do FGTS. Criada para pessoas físicas, ela ajuda a construir, reformar, ampliar ou concluir a construção. A taxa de juros nesta Carta varia entre de 5% a.a.+TR a 8,16% a.a.+ TR.
Para os clientes que já possuem algum imóvel ou que desejam imóveis com valores superiores a R$ 150 mil, a Caixa oferece a Carta de Crédito Caixa e a opção do consórcio imobiliário.
Na Carta de Crédito Caixa, também é possível financiar imóvel novo e usado, assim como terreno para construção e construção de imóvel sem o limite de renda familiar. Neste produto, os juros podem ser pré-fixados ou pós-fixados e variam entre 8,55% a.a.+TR a 12,2% a.a.+TR.
Banco do Brasil
Para o comprador, é preciso ser pessoa física. A idade do comprador mais velho, somada ao prazo de financiamento, não pode ultrapassar 80 anos, 5 meses e 29 dias. A composição de renda é admitida entre casais legalmente casados ou que comprovem conviver sob regime de união estável e para pessoas que convivem em relação homoafetiva.
O comprometimento máximo da renda líquida deve ser de 30%.. Em caso de composição de renda, o percentual será aplicado ao somatório das rendas líquidas.
Limites de financiamento variam de R$ 20 mil até R$ 400 na linha SFH e até R$ 5 milhões na linha SFI.
Percentual máximo financiável é 80% do valor do imóvel, baseado no menor dos seguintes valores: Avaliação ou compra e venda.
Forma de pagamento: débito em conta corrente.
Prazo máximo de financiamento em até 360 meses (30 anos).
Fonte: O Povo (CE)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Bolsa cria padronização para CRI

Com aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) padronizados, criados pela BM&FBovespa, devem sair do papel. A padronização visa tornar o mercado mais transparente e seguro para os investidores.
O registro está disponível desde o dia 28 e faz parte de um plano da bolsa para fomentar a liquidez desses títulos. O programa começou no fim de 2009 com a criação da Câmara Consultiva do Mercado Imobiliário com representantes de órgãos reguladores, entidades de classe, mercado financeiro e escritórios de advocacia.
Para a padronização dos CRIs, o primeiro passo foi dividir as emissões em quatros categorias. Os certificados com lastro em financiamentos de unidades residenciais foram divididos em performados, quando o empreendimento imobiliário já está pronto e as chaves entregues, e não performados, para compra de imóveis na planta. Também há os comerciais, que, em geral, são lastreados em financiamento de projetos do tipo "built to suit" (construção sob medida) para empresas, e que foram classificados em performados e não performados.
Em seguida, definiu-se alguns critérios para a padronização. O primeiros deles, conta Emilio Otranto Neto, diretor de desenvolvimento e relações com institucionais da bolsa, é que a emissão deve ter lastro em uma Cédula de Crédito Imobiliário (CCI, papel que representa o financiamento) registrada no sistema da bolsa. Segundo o executivo, essa é uma forma de dar segurança ao investidor, uma vez que a CCI registrada na bolsa passa pelo teste do lastro.
Graças a um convênio com a Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp), é possível acompanhar on-line a situação dos imóveis que servem de garantia para as CCIs, como matrículas e certidões. O primeiro registro de uma CCI na bolsa, contudo, é do 1º de abril, sexta-feira. A emissão envolveu o registro de 4.324 CCIs da Brazilian Securities, com um volume R$ 259 milhões.
Os papéis precisam ainda ser alvo de distribuição pública, mesmo que seja de esforços restritos, e referenciados em TR, IGP-M ou IPCA. "O mundo ideal é que as emissões sejam indexadas apenas ao IPCA, mas como a maioria do estoque é em TR e IGPM, estamos aceitando os três indexadores", diz. Mas, num segundo momento, para contratos novos, só serão aceitos CRIs indexados ao IPCA, porque há títulos públicos que usam o mesmo benchmark e, com isso, servem de referencial de preço. "O objetivo é melhorar a avaliação de preço no mercado secundário", diz.
Entre outros critérios, os CRIs do tipo júnior, que suportam a primeira perda no caso de inadimplência, precisam representar no mínimo 25% da emissão total. No caso dos CRIs comerciais do tipo "built to suit", a padronização é mais difícil dada a peculiaridade das operações, reconhece Otranto, mas há alguns critérios comuns.
O diretor diz que a bolsa vai aceitar o registro de CRIs fora do padrão, mas aqueles que seguirem os novos critérios passarão por uma análise mais rápida e ganharão status diferenciado. "Será o Novo Mercado de CRIs." Otranto destaca que a grande vantagem da padronização é tornar o ambiente mais transparente e seguro para a pessoa física e estrangeiros.
No início do ano, a BM&FBovespa reduziu os custos de transação e registro para emissores de CRI. Mas esse segmento na bolsa ainda é pequeno. Em 2010, foram negociados apenas R$ 191,5 milhões.
Fonte: Valor Econômico (Alessandra Bellotto)
Fitch dá sinal verde para especular
05/04/2011
A agência de classificação de risco Fitch elevou as notas do Brasil em moeda estrangeira e local de BBB- para BBB. A perspectiva do país passou de "positiva" para "estável". Significa que, segundo a Fitch, diminuiu o risco de o país deixar de pagar suas dívidas com investidores.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comemorou o resultado, que ocorre poucos dias após a Standard & Poor"s (S&P) ameaçar rebaixar o país, alegando ser insuficiente o arrocho fiscal de R$ 50 bilhões do início do ano.
Mantega, porém, alertou que a "promoção" do país atrairá ainda mais dólares do exterior. A preocupação do ministro foi confirmada já no primeiro dia. O dólar comercial caiu 0,19%, a R$ 1,609 no mercado interbancário de câmbio, no menor valor desde 8 de agosto de 2008. No mês, a divisa acumula queda de 1,29% e, no ano, de 3,31%.
O economista Reinaldo Gonçalves, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ressalta que, além do problema conjuntural da excessiva entrada de poupança externa - a desvalorização do dólar - existe a questão estrutural representada pelo aumento do passivo externo, que já atingiu R$ 1,3 trilhão, segundo o professor.
"O Brasil precisa enfrentar a questão da vulnerabilidade externa estrutural, não apenas conjuntural, para se tornar menos dependente de poupança externa", defende, salientando que o que atrai o capital especulativo não é apenas o aval das agências de risco, mas os juros altos e a perspectiva de apreciação cambial. "O governo é o maior responsável pela má qualidade do financiamento de nossas contas externas, pois pratica juros, câmbio e política fiscal que induzem à entrada de especuladores."
O professor da UFRJ acrescentou que as multinacionais financiam sua produção com recursos domésticos e aplicam no mercado financeiro tudo o que vem das matrizes sob a rubrica de investimento externo direto (IED).
Fonte: Monitor Mercantil
Americana CH2M estuda aquisições para crescer no mercado brasileiro
05/04/2011
A empresa de engenharia CH2M Hill, uma das maiores dos Estados Unidos, considera a hipótese de partir para aquisições no Brasil como parte de uma estratégia maior para fazer o país responder por pelo menos 10% do seu faturamento global. Hoje, a sua receita no Brasil, de apenas US$ 22 milhões, é quase nada comparado com as dimensões globais da companhia, que faturou US$ 6,3 bilhões em 2010.
"Não estou satisfeito com isso", afirmou ao Valor o presidente da CH2M Hill, Lee McIntire. Ele integrou a comitiva de empresários que acompanhou em viagem ao país o presidente americano, Barack Obama, há pouco mais de duas semanas. No ano passado, ele também foi o anfitrião de uma reunião do Fórum de CEOs Brasil-Estados Unidos em Denver, no Colorado, onde fica a sede da companhia.
A CH2M Hill atua em 8 países e, entre outros contratos, gerencia o projeto de expansão do Canal do Panamá e faz parte do consórcio internacional responsável pelo planejamento, design e construção da infraestrutura dos Jogos Olímpicos de Londres de 2012. "Estamos examinando se haverá oportunidades para atuar nas Olimpíadas e Copa do Mundo no Brasil", diz McIntire.
No Brasil desde 1996, a CH2M Hill tem procurado crescer sobretudo de forma orgânica, ou seja, pela expansão de suas próprias operações. Recentemente, a empresa fechou parceria com a Método Engenharia para atuar no setor de petróleo e gás. Para este ano, a projeção da companhia é um aumento de 80% nas receitas da operação brasileira. Mas ainda será necessário multiplicar por 16 para o faturamento no Brasil representar 10% das receitas mundiais.
"Às vezes, quando você está tentando entrar num novo mercado, não é possível crescer de forma rápida organicamente", diz McIntire, explicando a lógica de partir para aquisições no Brasil. "Às vezes você precisa acelerar o crescimento por meio de aquisições. É uma questão de ter a capacidade para fazer projetos cada vez maiores."
Muitos consideram o setor de construção brasileiro fechado a competição estrangeira. Em entrevista ao Valor antes da viagem de Obama ao Brasil, o ex-subsecretário para a América Latina no governo George W. Bush, Roger Noriega, disse que as construtoras americanas vêem o país como território proibido. "Quando falo com as maiores construtoras americanas, muitas estão receosas de colocar muitos esforços no Brasil porque não tiveram um ambiente hospitaleiro no passado."
McIntire, porém, não pensa assim. "Quando disputamos contratos governamentais, fazemos parcerias com empresas brasileiras, e isso funciona para nós." Para ele, os dois países teriam a ganhar com as convergências das regulações, que poderiam reforçar o comércio e os serviços nos dois sentidos.
Os dados do Banco Central também negam a tese de que o mercado é fechado. Em 2010 o Brasil teve receita de US$ 5,739 bilhões em serviços de engenharia prestados no exterior, mas teve uma despesa de US$ 3,856 bilhões em serviços contratados de estrangeiras.
Para o executivo, um dos grandes desafios hoje é a falta de mão de obra especializada no país. "A maior parte dos engenheiros que usamos são brasileiros, mas de vez em quando precisamos trazer funcionários do exterior para executar trabalhos técnicos especializados", disse McIntire. "Sai caro porque não há tratado de bitributação [entre Brasil e Estados Unidos] e é trabalhoso por causa das exigências para obter os vistos." O tratado de para evitar a bitributação e o relaxamento das exigências para o vistos de trabalho são duas das prioridades da agenda de reivindicações do Forum de CEOs.
O mercado brasileiro, diz McIntire, está no topo das prioridades da CH2M Hill. "Estamos no país há algum tempo, sabemos como trabalhar lá, sabemos que seremos pagos, o que é muito importante, e gostamos dos fundamentos do país." E por que o Brasil em primeiro lugar, e não a China? "A China é fundamental para a gente, mas se você me pedir para fazer um ranking, o Brasil vem primeiro, porque é onde pessoalmente tenho investido mais tempo."
Fonte: Valor Econômico (Alex Ribeiro) 05/04/2011

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Confira como investir em imóveis no curto, médio e longo prazo

O Brasil vive um momento de grande expansão no mercado imobiliário e ainda possui muitas expectativas em relação a um crescimento ainda maior nos próximos anos, principalmente por conta do aumento do poder aquisitivo das classes de menor renda.
Com isso, o investimento em imóveis é visto por muitos especialistas como uma boa opção e em alguns casos pode, inclusive, ser utilizado no curto, médio e longo prazo.
Para o diretor executivo da Consul Patrimonial, Marcus Vinícios de Oliveira Neto, o setor deve continuar se expandindo com força até o final da década, especialmente no Nordeste e no Rio de Janeiro.
Assim, ele cita maneiras de investir no setor com objetivos de curto, médio e longo prazo.
Curto prazo
Para o curto prazo, o profissional aconselha a compra de imóveis adjudicados - aqueles cujo proprietário não conseguiu arcar com o financiamento e que foram à leilão, por preço inferior -, para reforma e a venda posterior. Segundo Oliveira Neto, uma mudança recente na lei fez com que imóveis com três meses de inadimplência possam ser tomados pelo banco que o financiou.
“Advogados especializados conseguem liberar o imóvel em mais 2 meses, mesmo se este estiver ocupado. A Caixa Econômica Federal, após realização de leilão, passa esses imóveis adjudicados para imobiliárias credenciadas venderem com descontos que podem chegar a 70% do valor de mercado”, afirma.
Para o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), João Crestana, normalmente, imóveis em geral não são indicados para investimento de curto prazo. "Via de regra, não aconselho comprar imóvel como investimento de curto prazo", diz.
Em relação aos adjudicados, ele afirma: “Não considero muito que isso seja exatamente uma operação rotineira de mercado imobiliário. Eu acho que, para esta exceção, pode ser que o curto prazo se aplique”, afirma.
Custos altos
O vice-presidente do Ibef – SP (Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças de São Paulo), Luiz Roberto Calado, também acha que, no curto prazo, investir em imóveis pode não ser uma boa opção. “Você tem custos muito altos, com corretagem, despesas de cartório. Isso tudo pode chegar a 6% da operação”, afirma.
Por isso, para o curto prazo, ele aconselha a compra apenas em casos de exceção, como uma grande oferta. "Mas, isso é muito difícil de acontecer”, aponta.
No caso dos leilões, Calado ressalta que é preciso conhecer muito bem esse mercado para se dar bem. Quem compra um imóvel deste tipo precisa entender os trâmites burocráticos, fazer visitas no local. "Tem gente que acha que o metro quadrado está barato e nem conhece a região do imóvel”, diz.
Médio Prazo
No médio prazo, o diretor executivo da Consul Patrimonial cita uma nova oportunidade que surge com a explosão de vendas de unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida e outros programas de moradia para baixa renda. “Torres de escritórios individuais para atender esses empreendimentos residenciais, com salas pequenas e que atendam essa demanda. Isso é uma aposta certeira”, aponta.
Nesta caso, o presidente do Secovi-SP concorda. “Eu acredito que um país forte e com qualidade de vida precisa ter centros autossuficientes de vida, onde a sociedade possa morar, trabalhar, se divertir e se educar à distância de uma simples caminhada”, diz.
Segundo ele, a cidade compacta, adensada, com moradias próximas de centros de serviços e escritórios é uma tendência mundial. “Você junta essa tendência com o fato de que o Brasil está construindo uma grande quantidade de residências para famílias de baixa renda, o resultado são oportunidades fantásticas de médio prazo para investidores de todos os tipos, para fazer não apenas salas, mas também grupos de lojas pequenas”, aponta.
Além disso, ele ressalta que já existem administradoras de fundos interessadas neste modelo. "Eu sei que algumas das grandes administradoras de fundos imobiliários no Brasil que tiveram estudando este tipo de alternativa sim e eu vejo isso como uma grande tendência”, diz Crestana.
Longo prazo
Segundo Oliveira Neto, da Consul Patrimonial, uma opção para investimento de longo prazo é a especulação com terrenos localizados nas fronteiras das grandes cidades.
“Terrenos ou até fazendas bem localizadas próximas às capitais podiam ser adquiridos há um tempo pelo valor de R$ 1 o metro quadrado. Como cada vez mais fica difícil encontrar terrenos nos centros urbanos, a solução será continuar os empreendimentos onde as rodovias nos levar”, aponta.
Risco muito alto
Já para o presidente do Secovi-SP, este tipo de investimento é muito arriscado. “É um investimento de altíssimo risco e inútil, porque nunca se tem certeza de qual vai ser o próximo vetor de crescimento de uma cidade”, aponta.
Luiz Calado, do Ibef, também ressalta este tipo de dificuldade. “É preciso conhecer muito bem o mercado para comprar terrenos com esse objetivo. Precisa conhecer a dinâmica de crescimento das cidades, ter boas informações sobre o mercado”, diz Calado.
Fonte: Uol
Isenção de IR na poupança prejudica os mais pobres
01/04/2011
A mística criada em torno dos depósitos de poupança se opõe à necessidade de mudança na sua estrutura tributária e normativa. Sempre nos vêm à cabeça os cofrinhos de criança e as cadernetas encapadas em plástico que ajudaram a popularizar em todas as faixas etárias essa alternativa de aplicação nos anos 70. Esse mundo ingênuo do "pequeno poupador" acabou e só existe na nossa memória coletiva. Segundo as estatísticas, a poupança virou coisa de gente grande, muito grande, e o custo da ilusão passadista pode ser medido em bilhões. Mais precisamente, R$ 7 bilhões por ano.
A isenção de imposto de renda para os depósitos de poupança é um subsídio hoje capturado pelos estratos de alta renda da sociedade. Para quem é efetivamente pobre - não importa se correntista da poupança ou pretendente a financiamento imobiliário - quanto antes se extinguir o subsídio, melhor. As razões são muitas.
Inicialmente, é preciso desfazer o mito de que a poupança é uma aplicação prioritariamente dos pobres. A poupança tem mais depositantes com saldos entre R$ 50 mil e R$ 200 mil que os CDBs. Um milhão e meio de seus depositantes têm saldo superior a R$ 50 mil.
Também ao contrário do que muitos imaginam, a poupança é um ativo financeiro competitivo. Não foi à-toa que, entre junho de 2006 e junho de 2010, seu saldo cresceu de 8,5% para 10% do PIB, enquanto os fundos de renda fixa declinaram, ainda que marginalmente, de 30,5% para 29,6% do PIB.
Quem tem a impressão de que a poupança rende pouco comete um erro de perspectiva. Compara a rentabilidade bruta das demais aplicações com a rentabilidade da poupança, quando deveria olhar para a rentabilidade líquida. Sobre as demais aplicações incidem diversos encargos tributários e custos de transação que não recaem sobre a poupança. Uma aplicação financeira ordinária é tributada entre 15% e 22,5% pelo IR e, a depender dos prazos, pelo IOF. No caso dos fundos, paga taxas de administração que podem chegar a 4% ao ano.
Em outras, pode haver penalidades sobre a rentabilidade contratada em caso de retirada antecipada. A partir da introdução da marcação a mercado, o investidor tem que lidar, especialmente no curto prazo, com a volatilidade, o que pode gerar perdas nominais, mais prováveis em prazos curtos. Em todas as hipóteses, a liquidez é bastante travada ou o custo de recuperação da liquidez é elevado. Já a poupança, por sua padronização, simplicidade, e constância de regras, pode ser considerada uma aplicação com custos de transação zero para todos os fins práticos. Quando todos esses fatores são considerados, a competitividade da poupança é inegável.
A magnitude do subsídio à poupança é pouco conhecida, o que leva a sociedade a não avaliar com mais cuidado a justiça e a eficácia do subsídio, mesmo na situação atual, em que o Estado mostra claros limites fiscais e se obriga a cortes severos no orçamento.
Quem de fato captura o subsídio embutido nos juros baixos é o vendedor do imóvel, não o comprador
O valor anual da renúncia fiscal sobre os rendimentos pode ser calculado pelo produto do saldo da poupança (R$ 370 bilhões) pelo percentual de 1,9% ao ano. Esse é o percentual que deveria ser acrescido à rentabilidade atual da poupança para que sua rentabilidade líquida se mantivesse inalterada, na hipótese de cobrança de IR de 20% sobre seus rendimentos.
Para determinar os beneficiários efetivos do subsídio, é preciso considerar os efeitos econômicos da redução do custo dos financiamentos que ele proporciona e como a regulação e as normas do SFH canalizam os recursos e incentivos do Sistema.
Os limites de valor de imóvel e de financiamento no SFH são muito elevados quando se leva em conta a renda da população mais afetada pelo déficit habitacional - aquela com renda de até três salários mínimos. O valor máximo de imóvel pode chegar a R$ 500 mil e o de financiamento, a R$ 450 mil, cifras inalcançáveis para as famílias pobres.
Além de não serem focalizados na população realmente atingida pelo déficit habitacional, há um problema adicional com os juros subsidiados do SFH: quase 70% dos recursos são dirigidos ao financiamento de imóveis usados. Sendo a oferta de usados inelástica no curto prazo, os juros subsidiados pressionam fortemente a demanda sobre um parque habitacional limitado, o que está ajudando a pressionar os preços, que sobem bem acima da inflação. Com a subida dos preços, quem de fato captura o subsídio embutido nos juros baixos é o vendedor do imóvel, não o comprador. Se o mercado não discrimina o preço de imóveis novos e usados nessa onda de preços, as construtoras também estão aptas a capturar esse subsídios, elevando suas margens.
Da parte dos agentes financeiros, embora a regulamentação do SBPE preveja, em princípio, que 65% dos depósitos sejam aplicados em financiamentos habitacionais, há uma série de vazamentos nas normas, de tal modo que a percentagem dos saldos efetivos de financiamentos habitacionais é apenas uma fração do saldo total da poupança. Operações não relacionadas ao financiamento à moradia acabam se beneficiando de um funding barato lastreado em renúncia fiscal, ajudando as instituições a auferirem elevadas margens brutas à custa da redução da receita pública.
Finalmente há uma grave questão federativa envolvida. O imposto de renda é dividido com estados e municípios por meio dos fundos de participação (FPE e FPM). A perda de arrecadação de R$ 7 bilhões anuais impõe uma "renúncia" fiscal involuntária para esses entes da ordem de R$ 3,2 bilhões anuais. Essa receita permitiria que investissem na oferta de terrenos e infraestrutura urbana de boa qualidade. A oferta de imóveis de baixo custo se expandiria - em vez de se pressionar a demanda com juros subsidiados - e se poderia reduzir os riscos a que as populações pobres das regiões metropolitanas brasileiras estão expostas.
Fonte: Valor Econômico (Marcos Köhler)

quinta-feira, 31 de março de 2011

Construção atinge pleno emprego 31/03/2011

Construção atinge pleno emprego
31/03/2011
Apenas 2,9% dos trabalhadores da construção civil estão desempregados, segundo informações do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). De acordo com Sergio Watanabe, presidente do sindicato, "este, sem dúvida nenhuma, é um cenário de pleno emprego, o que explica a dificuldade das construtoras em contratar mão de obra especializada. Essa mão de obra não existe". Há cinco anos, a taxa de desocupação era de 5,5%.
De acordo os dados divulgados, a abertura de novos postos de trabalho vem crescendo continuamente desde 2004. Entre 2006 e 2010 o número de empregos formais aumentou de 1,680 milhão para 2,775 milhões de vagas. Para Watanabe, "se a construção continuar nesse processo de uso de mão de obra intensiva, terá grandes problemas em atender à demanda e principalmente em aumentar o nível de produtividade".
Das 87.449 vagas de emprego que se fecharam entre novembro e dezembro de 2010, 64.059 já foram recuperadas no primeiro bimestre deste ano.
Para o sindicato, os principais desafios para manutenção do crescimento do setor são: formação de mão de obra qualificada, aumento da produtividade, inovação tecnológica, solução da escassez de terrenos e investimentos em infraestrutura e habitação.
Fonte: PiniWeb (Pâmela Reis)
Empresários da construção civil têm boas perspectivas para 2011, mas temem inflação
31/03/2011
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) divulgou ontem o resultado da 46ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção, realizada em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) no mês de fevereiro. Segundo análise do sindicato, há otimismo em relação ao desempenho das construtoras para 2011, mas há temor quanto à inflação no país.
"A enquete, a primeira sob o governo da presidente Dilma Rousseff, foi feita antes do corte do Orçamento da União e dos acontecimentos mundiais posteriores, como o terremoto no Japão e o ataque da coalizão dos EUA e de países europeus à Líbia", informa o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe. "Na próxima sondagem trimestral, em maio, já teremos uma medida dos impactos desses acontecimentos na percepção dos empresários da construção", diz ele.
O indicador de desempenho das empresas subiu 5,1% no trimestre, elevando-se a 58,8 pontos. As perspectivas de desempenho aumentaram 3,4%, para 61,8 pontos. E a confiança na política econômica aumentou 2%, indo para 52,3 pontos. A expectativa de uma inflação reduzida diminuiu 21,3%, baixando a 37,3 pontos.
As dificuldades financeiras se elevaram em 3,3%, atingindo 54 pontos. E as perspectivas de evolução dos custos melhoraram 5,1%, mas ainda se situam como desfavoráveis (41,8 pontos). E a expectativa em relação ao crescimento econômico baixou 2,1%, embora ainda seja bastante otimista: 58,4 pontos.
Em relação a fevereiro de 2010, houve um aumento de 2,9% no otimismo em relação ao desempenho das empresas. Apesar disso, ressalta o sindicato, "como as expectativas estavam bastante elevadas há um ano, nos demais indicadores registrou-se um arrefecimento na comparação anual, sobretudo em relação à inflação reduzida, que caiu 28,8%".
Fonte: Construção e Mercado (Mauricio Lima)

Preços de imóveis na mira do Banco Central
31/03/2011
Depois de avisar que acompanhará com lupa a evolução da inflação para calibrar a intensidade da política de juros daqui por diante, o Banco Central (BC) anunciou [ontem] novos indicadores para monitorar os preços. A partir de agora, os relatórios de inflação vão levar em consideração dados sobre o pujante mercado imobiliário brasileiro.
O BC vai acompanhar o índice FipeZap , que mede os preços dos imóveis residenciais em seis capitais e no Distrito Federal. E o IGMI-C, da Fundação Getulio Vargas, com as variações no mercado imobiliário comercial.
Perguntado sobre a possibilidade de haver uma bolha nesse setor, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, foi reticente:
- Bolha a gente só sabe que existe quando estoura.
Fonte: O Globo (Vivian Oswald)
Imóvel para todos os tipos de perfil
31/03/2011
Mesmo com o cenário de crise econômica nos Estados Unidos e Europa, segue firme o interesse dos estrangeiros em investir no mercado imobiliário nacional. Segundo o presidente da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico (Adit), Luiz Henrique Lessa, houve, sim, um momento de retração desse mercado, mas o capital para esses investimentos não sumiu.
Novos investidores
"Desde o segundo trimestre de 2010, que notamos uma significativo avanço pós-crise", afirma Lessa. Uma prova disso é que a Adit, que promove anualmente junto aos maiores investidores internacionais road shows nas cidades de Nova Iorque, Miami, Lisboa, Madri e Londres, em 2011,vai expandir os contatos até Dubai, nos Emirados Árabes. "Percebemos que existe uma gama de empresários de lá ansiosos por chegar ao nosso mercado imobiliário, mas que não o fazem porque ainda existem muitas barreiras culturais e uma falta de acesso aos projetos. Nós vamos facilitar esses investimentos", garante.
Em debate
Hoje, o presidente da Adit estará no Imóvel Show Fortaleza, feira imobiliária, que ocorre desde ontem até o próximo domingo, para uma palestra em que dará detalhes sobre "O interesse dos investidores estrangeiros no Brasil".
O debate é a oportunidade de corretores, construtoras, incorporadoras e outros agentes do setor tirarem suas dúvidas quanto às futuras parcerias com o empresariado internacional, aproveitando o momento pré Copa do Mundo 2014, quando os olhos estão voltados todos para o país, sobretudo para regiões com oportunidades supervalorizadas, como o Nordeste.
Lessa diz que no ranking de aplicação desses investimentos estão empreendimentos de malha logística, que envolvem centros de distribuição, responsáveis pelo abastecimento de grandes comércios em ascensão no Brasil, por exemplo; shopping centers em cidades secundárias, visando o desenvolvimento de novas regiões; e resorts e hotéis voltados para a classe doméstica. "O investidor percebeu que o turista local já movimenta muito esse mercado. Hoje, mais que o estrangeiro", observa.
Um segmento curioso é o interesse do investimento estrangeiro no programa "Minha Casa, Minha Vida", do Governo Federal. Contudo, o presidente da Adit alerta que é preciso conciliar capital estrangeiro com a expertise local, sobretudo para que os estrangeiros possam ter acesso às linhas de crédito do programa habitacional.
Capacitação do setor
Outra ação da Adit, que será anunciada durante a palestra no Imóvel Show são os cursos de preparação de projetos para captação de investimentos imobiliários em todo o país. O primeiro mercado contemplado será o de Fortaleza, no final de abril. "É a oportunidade de os profissionais estarem alinhados com as tendências atuais que existem no mercado financeiro", explica Henrique Lessa. Durante os cinco dias de feira estarão sendo realizados outros debates pertinentes ao mercado imobiliário. A expectativa é que sejam gerados cerca de 150 milhões em negócios. "Para quem procura imóveis novos e semi-novos as melhores opções do mercado estão reunidas aqui, com a facilidade de não precisar se deslocar para pesquisar", avisa o organizador do Imóvel Show, Louvimar Araújo.
Fonte: Diário de Nordeste
Materiais ambientalmente corretos não encarecem imóveis
31/03/2011
O uso de materiais ambientalmente corretos na hora de construir ou reformar não representa gastos mais elevados para o consumidor. Ao menos esta é a opinião da gerente técnica da Tesis (Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia) e conselheira do CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável), Vera Fernandes Hachich.
De acordo com ela, atualmente, existem vários materiais em conformidade com os princípios da sustentabilidade que, por já contarem com grande volume, não geram custos mais altos.
Por outro lado, explica ela, as pessoas não sabem como averiguar se os fornecedores estão agindo de acordo com a lei e se respeitam a natureza. Para o consumidor, um grande aliado pode ser a Ferramente 6 Passos.
Ferramenta
Lançada na última quinta-feira (24) pelo CBCS, a Ferramenta 6 Passos indica, como o próprio nome diz, seis passos básicos para a escolha de empresas fornecedoras alinhadas aos princípios da sustentabilidade.
Dessa forma, diz a gerente, o comprador do imóvel, a construtora, a pessoa que está reformando, entre outros, além de saberem que os materiais utilizados na obra foram obtidos de maneira sustentável, ganham também imóveis com mais durabilidade.
“A expectativa a partir da utilização dessa ferramente é que o setor dê um salto de qualidade de maneira que a vida útil dos edifícios brasileiros aumente e que diminua a necessidade de reposição e manutenção frequentes para evitar o uso dos recursos naturais, minimizando os impactos ambientais inerentes à própria atividade de construção”, completa o coordenador do Comitê de Materiais e Conselheiro do CBCS, Vanderley John.
Como funciona?
Com a ferramenta, que é obtida de forma gratuita na página do CBCS, o usuário tem acesso a outros sites nos quais é possível saber se a empresa fornecedora do material está em conformidade com as leis. Veja os passos:
1 – Verificação da formalidade da empresa fabricante e fornecedora no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) no site da Receita Federal.
2 – Verificação de licença ambiental.
3 – Verificação das questões sociais, como a utilização de mão de obra escrava ou infantil.
4 – Qualidade e normas técnicas do produto. Em outras palavras, se o produto possui a certificação do PBQPH (Programa Brasileiro de Qualidade para o Habitat) ou se segue as recomendações das entidades setoriais.
5 – Consulta ao perfil de responsabilidade socioambiental da empresa.
6 – Identificar a presença de propaganda enganosa.
“Não há sustentabilidade sem que haja o cumprimento da legislação do País. Então, se você quer ter um empreendimento dito sustentável e estiver comprando um produto, por exemplo, uma areia, uma pedra, enfim, insumos que não tenham a sua origem confirmada ou que estejam em não conformidade com as legislações brasileira, você não está fazendo uma construção sustentável. Este é o grande alerta que a ferramenta dos 6 passos vai trazer ao mercado”, finaliza Vera.
Fonte: Infomoney

terça-feira, 29 de março de 2011

Consórcio de imóveis é alternativa para conquista da casa própria

Consórcio de imóveis é alternativa para conquista da casa própria
28/03/2011
O consórcio de imóveis pode ser uma boa saída para quem quer comprar a tão sonhada casa em Ribeirão Preto. Quem participa desse tipo de “compra coletiva” pode ser sorteado com o imóvel antes mesmo de quitar a dívida.
O sistema funciona com um grupo de pessoas que têm em comum o objetivo de investir em imóveis.  Quem quer comprar o primeiro imóvel para sair do aluguel, ou quer morar sozinho, quem vai se casar ou pessoas que queiram investir para ter um imóvel maior ou um segundo para renda extra podem escolher o consórcio.
Os valores de crédito em algumas administradoras de consórcios variam entre R$ 50 mil e R$ 400 mil. Para valores maiores, geralmente é possível abrir duas linhas de crédito. O prazo para o pagamento pode chegar a 200 meses.
Segundo o representante de vendas da empresa de consórcios Rodobens em Ribeirão Preto, Carlos Alberto Silva, o valor médio escolhido pela maioria das pessoas que tem feito consórcio na empresa é de R$ 130 mil.
Ele disse que a maior parte dos consorciados da empresa escolhe o prazo de 150 meses para pagar o crédito. Nessas condições, o valor desembolsado pelo comprador é de R$ 866 por mês.
A vendedora Silvana Avila Lára, de 41 anos, já tinha uma casa própria e fez um consórcio para comprar outro imóvel para ter uma renda extra. Ela fez um plano de R$ 65 mil dividido em 120 meses. A consorciada diz que sempre achou esse tipo de compra um bom negócio.
No 32º mês de pagamento, a vendedora foi contemplada pelo sistema de sorteio. “Com mais uma reserva particular e a carta de crédito do consórcio comprei uma casa que já estava alugada. Hoje, com esse aluguel eu pago uma parte importante da parcela do consórcio e daqui a sete anos eu quito tudo. Além do patrimônio adquirido, eu terei renda do aluguel do imóvel”, disse.
Silvana é casada e tem dois filhos adolescentes. Ela e o marido sempre tomaram decisões juntos e, na hora de optar pelo consórcio, não foi diferente.  “Inclusive o automóvel que temos foi por meio de consórcio também”, falou.
A formação dos grupos de consórcio é variada, reunindo todas as pessoas que queiram dividir o imóvel pela mesma quantidade de meses. Os sorteios mensais dependem do número de participantes de cada tipo de plano. Por exemplo, um grupo com 600 participantes que optou por dividir o consórcio em 150 meses vai ter quatro contemplações mensais. Uma das contemplações é por sorteio e as outras três por lances.
Os sorteios podem ser feitos pela Loteria Federal, mas é mais comum o uso de um globo giratório. 
Os “lances livres”, como são chamados, podem ser feitos quando o consorciado tem um valor a oferecer e antecipa o pagamento de algumas parcelas. Quem oferece o maior valor proporcional ao total da dívida é contemplado.
“Toda pessoa, em algum momento da vida, precisa pensar em um imóvel, pelos mais variados motivos. Seja porque quer simplesmente investir, como se fosse uma poupança premiada, ou porque quer sair do aluguel, residencial ou comercial, porque quer se casar ou comprar um imóvel maior ou diferente”, disse Silva.
Para participar de um consórcio, a pessoa deve ser maior de idade e verificar o valor do crédito liberado para o negócio imobiliário que quer (a carta de crédito), além de planejar se o valor das parcelas mensais vai ser compatível com seu orçamento.
Na assinatura do contrato o consorciado deve fazer o pagamento relativo à primeira parcela. Esse valor pago antecipadamente já é uma das contribuições mensais do consórcio, de acordo com Silva.
“Além das taxas diversas estarem incluídas nessa parcela, o restante é usado para a formação do fundo comum, que é a soma dos valores totais do grupo de consórcio usada para fazer o pagamento dos clientes contemplados no mês”, informou o representante de vendas.
Quem pretende ser um consorciado, precisa ficar atento aos detalhes oferecidos pela administradora, como, por exemplo, as taxas, o sistema de sorteios e como vai ser o atendimento antes e depois da contemplação.
Toda a regulamentação e fiscalização são feitas pelo Banco Central, que autoriza as administradoras de consórcios a cobrarem quatro taxas, que podem ou não ser colocadas em prática.
Essas taxas são de adesão ou inscrição, que é uma antecipação da taxa de administração para cobertura de custos da administradora. Também há a taxa de administração, que é o valor cobrado para que o cliente seja administrado em seu grupo. O consórcio contrata seguro de vida, que, nos casos de morte ou invalidez permanente ou total, o saldo devedor do consorciado fica quitado. Por último, há a taxa de fundo de reserva, que é o valor cobrado para cobrir casos de inadimplência.
Hoje existem dois meios de parcelamento de crédito para a compra de imóveis: financiamento bancário ou consórcio. A segunda opção sai na frente, porque permite que as pessoas que já têm um imóvel parcelem o pagamento de outros, o que não acontece pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação) do governo.
“O prazo para o financiamento bancário pode chegar a 30 anos, e aí muitos ficam inseguros devido às incertezas do futuro e da economia”, falou Silva.
FGTS
O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pode ser usado nos consórcios somente para a compra do primeiro imóvel.
Segundo Silva, a pessoa que tem interesse em usar esse fundo para fazer um consórcio não pode ter nenhum imóvel em seu nome, mas pode usá-lo para construção, no caso de ter um terreno quitado e sem edificação.
No caso dos lances, o benefício também pode ser usado. E se o consorciado conquistar o imóvel por sorteio, pode retirar o FGTS para completar a carta de crédito.

Precisamos reduzir o tempo de aprovação do crédito imobiliário

Precisamos reduzir o tempo de aprovação do crédito imobiliário, diz Crestana
28/03/2011
Embora o crédito imobiliário esteja crescendo satisfatoriamente no Brasil, ainda há muitos desafios a serem enfrentados. A afirmação é do presidente do Secovi-SP, João Crestana. "Hoje uma pessoa compra um carro de R$ 100 mil no Brasil e em quatro dias já está andando com ele pelas ruas, com o domumento de propriedade. Mas uma pessoa que quer comprar uma casa de R$ 70 mil, ou seja, mais barata que o carro, se tiver muita sorte terá seu financiamento aprovado em dois meses", afirma.
Para o executivo, o setor imobiliário oferece muito mais segurança às instituições que emprestam dinheiro do que o automotivo, e por isso deveria ter concessões mais fáceis. "Os imóveis tem a vantagem de não poderem ser levados ao Paraguai para serem vendidos no mercado paralelo. Então a garantia do mercado imobiliário é muito maior, mas ainda não encontramos uma maneira de, em uma ou duas semanas, a família que quer financiar um imóvel ter seu crédito aprovado e os documentos de posse totalmente formalizados".
Além disso, completa ele: "hoje temos tecnologia que nos permite fazer as coisas de forma mais rápida e barata e essa tecnologia precisa ser usada a favor do crédito imobiliário".
Fontes de financimento
Crestana conta que atualmente há recursos suficientes no mercado para financiar o crédito imobiliário, mas o cenário pode mudar em alguns anos.
"Hoje as famílias de menor renda podem contar com recursos do Orçamento da União e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a classe média e classe média alta contam com recursos vindos principalmente da poupança. Mas em 3 ou 4 anos, pode ser que esses recursos não sejam mais sustentáveis".
Para o presidente, é por isso que desde já é preciso iniciar um movimento para se encontrar outras fontes de recursos. "É preciso que, daqui 4 anos, esses recursos ainda estejam disponíveis e em volumes mais altos, porque é certo que precisaremos de mais recursos do que precisamos hoje".
Crescimento
Isto porque o executivo acredita que o crédito imobiliário crescerá bastante no País nos próximos anos. "Hoje o crédito geral é de 45% do PIB, mas 40% é crédito ao consumidor e o imobiliário representa apenas 3% ou 4%, o que é muito pouco. Para se ter uma ideia, no mundo inteiro o crédito ao consumidor é semelhante a isso, mas o imobiliário é muito maior. No Chile e no México é de 15% a 20% do PIB, nos países europeus representa entre 30% e 50% e há países em que o crédito imobiliáerio chega a 90% do PIB".
Para ele, se em 10 anos atingirmos os níveis do Chile e do Méximo já será um bom número. "Acredito que nesse período nosso crédito imobiliário também será de 20% do PIB. E esse será o de um país maduro, que poderá oferecer à sua classe média a possibilidade de comprar uma casa e pagar em 15, 20 ou 30 anos".
Fonte: Portal UOL
Brasileiros poderão sacar FGTS em outros países
28/03/2011
Trabalhadores brasileiros no exterior poderão sacar o dinheiro das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A iniciativa, que começou com um projeto piloto no Japão, deve ser expandida gradualmente para outros países, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Um acordo entre o Itamaraty e a Caixa Econômica Federal (CEF) sobre o assunto foi firmado nesta quinta-feira (24). Atualmente, somente os Consulados-Gerais do Brasil no Japão estão aptos a receber a documentação necessária para o saque de contas do FGTS. Naquele país, os emigrantes podem retirar os recursos em caso de aposentadoria e conta inativa por mais de três anos. A compra da casa própria não é permitida. O ministério não informou quando e em que países a decisão começa a valer, nem informou se as condições serão as mesmas implantadas no Japão.
Fonte: Estadão
Faltam opções de imóveis até R$ 170 mil
28/03/2011
O mercado imobiliário ainda não tem muitas opções para quem quer um financiamento pelo programa Minha Casa, Minha Vida com o novo teto de imóvel, que passou de R$ 130 mil para R$ 170 mil na região metropolitana. A mudança começou a valer no início deste mês. O programa dá crédito com juros mais baixos do que os outros tipos de financiamento da casa própria.
Em pesquisa com dez construtoras e incorporadoras da capital, o Agora encontrou apenas 12 empreendimentos com preços acima de R$ 130 mil e abaixo do novo teto. A maior parte das opções, 23, custa até R$ 130 mil.
E quem comprar um desses imóveis ficará mais longe do centro da cidade. Independente do valor, os empreendimentos ficam localizados em bairros no extremo capital e em cidades da Grande São Paulo. O novo teto pode dar ao consumidor a opção de escolher apartamento maiores e mais bem localizados, mas isso ainda não ocorreu.
Fonte: Jornal Agora SP

FGV, Construção civil fica mais cara, puxada pela mão de obra

FGV, construção civil fica mais cara, puxada pela mão de obra
São Paulo - O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), atingiu 0,44%, em março, resultado maior do que o de fevereiro (0,39%). Desde o começo do ano, o índice acumula alta de 1,21% e, nos últimos 12 meses, de 7,45%. O INCC é um dos subcomponentes do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M).
As taxas subiram em índices superiores aos do mês anterior em quatro das sete capitais onde a pesquisa é realizada: Salvador, com 0,62% ante 0,41%; Brasília, com 0,15% ante 0,04%; Belo Horizonte, com 0,54% ante 0,31%; e Porto Alegre, com 1,02% ante 0,24%. Nas demais, as correções ocorreram com variações menores: São Paulo, com 0,34% ante 0,46%; Rio de Janeiro, com 0,35% ante 0,42%; e Recife com 0,33% ante 0,92%.
A taxa do setor da mão de obra aumentou na média em mais do que o dobro (de 0,12% para 0,27%) e acumula em 12 meses alta de 9,36%. Esse crescimento foi influenciado, principalmente, pelos reajustes salariais concedidos em duas localidades, Salvador e Porto Alegre.
Na capital gaúcha, os profissionais receberam adicionais previstos no acordo coletivo da categoria, que elevaram os ganhos na média em 1,30%. Na capital baiana, as correções tiveram variação média de 0,56%.
No segmento materiais, equipamentos e serviços, o índice perdeu força, passando de 0,65% para 0,60%. Nos últimos 12 meses, a variação alcançou 5,72%. O que mais tem encarecido são as instalações elétricas, embora tenham apresentado percentual menor do que em fevereiro (de 2,56% para 1,30%). Desde o começo do ano, esses serviços acumulam um aumento de 5,89% e, nos últimos 12 meses, de 18,29%.

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/
Aumenta presença de mulheres na construção
29/03/2011
A falta de mão de obra para atender o boom da construção civil dos últimos anos transformou os canteiros, abrindo espaço para mulheres num reduto tradicionalmente masculino.
Em quatro anos, o número de mulheres que literalmente passaram a colocar a mão na massa aumentou 74%, segundo levantamento do Ministério do Trabalho feito a pedido da Folha.
Em 2007, elas eram 109 mil. Em 2010, chegaram a 189,3 mil. Ainda representam um universo pequeno -7,67% do total de 2,4 milhões de trabalhadores do setor-, mas avançaram em territórios considerados tabus.
Se antes elas estavam apenas cozinhando ou ajudando na limpeza, agora atuam como pintoras, pedreiras, carpinteiras, operadoras de guindastes, caminhões e máquinas pesadas.
A presença feminina é destaque tanto na construção de condomínio residencial com 11 prédios nas redondezas de Brasília como em projetos de infraestrutura, casos das usinas de Jirau e Santo Antônio (RO) e Belo Monte (PA).
Essas três grandes obras ilustram bem a tendência que se espalhou pelo país. Em Santo Antônio, cerca de 10% dos 15 mil que trabalham na obra são mulheres, segundo a Odebrecht, que coordena o canteiro.
Capricho
Em Belo Monte, os trabalhos ainda não começaram, mas a seleção dos primeiros 150 trabalhadores que serão treinados inclui 25 mulheres. "Mulher trabalha com mais capricho, é mais responsável e o número de faltas é menor", afirma Marcos Sordi, diretor administrativo do consórcio Belo Monte.
Com larga experiência na construção civil, ramo em que atua desde 1975, Sordi diz que elas começaram com funções que exigem mais atenção a detalhes, como soldas e rejuntes, mas, agora, disputam vagas que não eram oferecidas a mulheres.
"Hoje, é comum ver mulheres operando tratores, guindastes e caminhões que transportam terra. E não é só aqui em Belo Monte. Em Jirau, de 20 mil operários, cerca de 4.000 são mulheres."
Alcione Rodrigues, 25, mora em Altamira e trabalhava como doméstica. Desempregada, inscreveu-se para curso de pedreira de Belo Monte porque o marido já trabalhava na área. Foi aceita.
"Criticaram, mas me inscrevi e levei o marido. Ganharei mais que os R$ 200 que tirava como empregada."
A piauiense Analina Pereira de Souza, 45, trabalha como pedreira há pouco mais de um ano. Viúva, com nove filhos e a mãe de 86 anos para sustentar, diz que tem "vocação" para trabalho pesado.
"Achavam que não tinha força, mas mostrei que sou capaz." Era montadora de móveis em Brasília e ficou desempregada. Não teve dúvida quando conseguiu vaga de pedreira num prédio.
Os salários de homens e mulheres nos canteiros de obra se equiparam porque variam de acordo com a função exercida.
Adaptação
"Mulher tem mais visão de qualidade, algumas valem mais do que muitos homens", diz o mestre de obras Cláudio Silva, 56, destacando que não abre mão de mulheres na equipe. Engenheiro civil, Humberto Navarro, 36, seguiu o conselho de Cláudio. "São mais dedicadas."
Paulo Safady Simão, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), defende a presença feminina nos canteiros.
Diz que as empresas precisaram se adaptar criando vestiários e banheiros e considera que esse é um caminho sem volta. Ele reconhece que algumas empresas ainda resistem. "Mas a lei de mercado vai prevalecer."
Um ponto que pesa contra as mulheres, segundo Sordi, de Belo Monte, são conquistas trabalhistas como licença-maternidade. Além disso, se ficam grávidas durante a obra, precisam trocar de função. Mas, para ele, os benefícios compensam.
Fonte: Folha de São Paulo (Sheila D'Amorim)
Alvos simultâneos
Folha de São Paulo, Janela, 27/mar
Duramente edificado, o dique de contenção da inflação tem apresentado fissuras que tomam a dimensão de rombos na percepção de alguns setores, sobretudo do mercado financeiro. O que acontece de fato com a inflação mistura-se com o imaginário dos agentes econômicos sobre o comportamento futuro dos preços.
Há expectativa em relação às novas medidas de contenção, além daquelas já implementadas como o aumento dos compulsórios, a elevação dos juros básicos e o corte de R$ 50 bilhões do Orçamento federal. Também é preciso cuidar para que essas medidas arrefeçam as expectativas dos agentes com relação à inflação futura.
A preocupação com a questão também aumentou entre os empresários da construção. A 46ª Sondagem Nacional do setor, realizada em fevereiro pelo SindusCon-SP com a FGV, mostrou claramente este fato. Na enquete, os empresários atribuem a cada quesito uma pontua­ção que vai de 0 a 100, na qual valores acima de 50 denotam desempenho ou perspectiva favorável.
O indicador de desempenho das empresas subiu 5,1% no trimestre, elevando-se a 58,8 pontos. As perspectivas desse desempenho aumentaram 3,4%, para 61,8 pontos. E a confiança na política econômica aumentou 2%, indo para 52,3 pontos. Já a expectativa de uma inflação reduzida diminuiu 21,3%, baixando a 37,3 pontos. A expectativa em relação ao crescimento econômico baixou 2,1%, embora ainda seja bastante otimista: 58,4 pontos.
A sondagem foi feita antes do corte do Orçamento, do terremoto no Japão e do ataque da coalizão dos EUA e de países europeus à Líbia.
Evidentemente o otimismo da indústria da construção tornou-se mais comedido nestes últimos 30 dias. Entretanto, dificilmente ele migrará para uma percepção pessimista: em 2011 boa parte do crescimento do setor está assegurado, por ter sido contratado em 2010.
A maior preocupação é que as medidas de contenção da inflação sejam adotadas apenas para conter a demanda, inibindo o que se faz igualmente tão necessário: o aumento incessante da oferta.
Não se pode perder a perspectiva de que adotar medidas de contenção do crédito é algo transitório em função do aquecimento da demanda, enquanto políticas de estímulo ao aumento da produção, da produtividade e da oferta de serviços precisam ser sempre agilizadas.
O Brasil deu ao mundo um exemplo de como é possível, com a inflação sob controle, crescer economicamente, retirar toda uma camada da população da miséria e elevar o nível de emprego e renda.
Esta nossa maior conquista precisa ser preservada, com a consciência de que ainda estamos longe do melhor dos mundos, neste país que continua sendo o campeão dos juros altos e da desigualdade social e apresenta outras preocupantes vulnerabilidades em seus fundamentos econômicos, como o déficit no balanço de pagamentos.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Aumento dos limites do programa Minha Casa, Minha Vida aquece o setor imobiliário




O aumento do teto de financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida anunciado, na última semana, pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) elevou as expectativas do setor imobiliário brasileiro. No Paraná a decisão foi recebida com entusiasmo pelos corretores de imóveis e pela população. Em Curitiba, o valor máximo foi elevado de R$ 130 mil para R$ 150 mil reais. Outras cidades, como Londrina, com mais de 250 mil habitantes o valor passou de R$ 100 mil para R$ 130 mil.
Esta é a segunda vez que o Conselho Curador do FGTS anuncia aumento no teto do Programa Minha Casa, Minha Vida. A primeira ocorreu no final de 2009, devido à iniciativa do presidente do Creci/PR Alfredo Canezin, com a ajuda da coordenadoria Jurídica do Conselho, presidentes das entidades do setor imobiliário e do deputado federal André Vargas.
O novo aumento do teto foi justificado pelo Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, como uma forma de proporcionar a equivalência aos valores praticados pelo setor imobiliário. Canezin concorda com a opinião do Ministro e relata que esta segunda elevação dos valores veio em ótima hora. “Os incorporadores já estavam com dificuldades de conseguir terrenos para construção, agora com o aumento do teto de financiamento os imóveis se enquadram no programa, portanto isto vai facilitar a vida de quem constrói e de quem compra”.


A corretora de imóveis, Izabel Maestrelli, comenta que este aumento já era esperado pelas construtoras e que a divulgação do Conselho Curador do FGTS movimentou o setor. “Esta notícia veio para aquecer ainda mais o mercado e alavancar as vendas, com certeza 2011 será um ótimo ano para os profissionais do ramo imobiliário”.
FONTE, CRECI, SC

LOTE A.M 451M², 2 PAVIMENTOS, PEDRA BRANCA, PALHOÇA-SC

                                  VENDIDO
Um belo lote no bairro mais nobre e sustentável do continente,  cidade Universitária Pedra Branca, em Palhoça, viabilidade para 2 pavimentos taxa de ocupação de 50%.........451,32m², vista para o morro do Cambirela´valor de tabela R$195.000

                                                              Barbada 
                                          R$140.000

sexta-feira, 4 de março de 2011

LOTE, ÁREA MISTA, CIDADE PEDRA BRANCA, PALHOÇA-SC

LOTE EM ÁREA MISTA VIABILIDADE PARA 4 PAVIMENTOS 450M², PROXIMO AO NOVO URBANISMO DA CIDADE UNIVERSITÁRIA PEDRA BRANCA, E AVENIDA PRINCIPAL, OTIMA LOCALIZAÇÃO.
                                         
                                                             OPORTUNIDADE
                                                                   R$ 266.000

LOTES, ÁREA RESIDENCIAL PEDRA BRANCA, PALHOÇA-SC

LOTE NOS ALTOS DO BOULEVARD ÁREA  MAIS NOBRE E PLANEJADA DO CONTINENTE 360M²,  FRENTE PARA SOL DA MANHÃ, CONSTRUÇÃO MINIMA DE 100M² A.PRIVADA, CONFORME PLANO DIRETOR, JÁ ESCRITURADO.
         CIDADE UNIVERSITÁRIA PEDRA BRANCA.
                                                  
                                         BARBADA
                                        R$100.000,00

Apto Sustentável na Cidade Pedra Branca, Palhoça-SC, ainda na planta 2D(1S), 93m² de área privada

Área nobre no continente de Florianópolis, a Cidade Universitária e Sustentável Pedra Branca hoje é referêncial Mundial na corrida contra as mudanças climáticas com o (projeto de desenvolvimento do clima positivo do Ex-Presidente dos EUA, Bill Clinton), também é pioneira na construção sustentável, dando para as pessoas mais qualidade de vida, com menos custo condominial de 30% a 40% a menos mensalmente.


A 1 km da BR 101 a Cidade Universitária P.B é cercado por 2 shopping's, Universidade, escolas técnicas, ensino fundamental, tecnopark industrial e empresarial, saneamento básico e abastecimento de água do próprio bairro abastecendo mais de 4000 moradores, 10.000,00 alunos e 4.500 trabalhadores,


Pátio da Pedra, Torre Icaraí, Apto no 2ª andar, 2 Dorm(1S) com 93m² de área privada e 139,30m² de área total, sacada estendida com 1vaga de garagem coberta.


                                  R$ 46.445 DE ATO + PARCELAS DE R$ 934

Saldo devedor de R$182.313 a financiar Pós-chaves em Abril e 2013, com a CEF ou banco de sua preferência.


valor total R$ 265.667

quarta-feira, 2 de março de 2011

APTO 2 DORMITÓRIOS EM BARREIROS

Ótimo apartamento em Barreiros com 61m² de área privada, 2 dormitorios, 1 vaga de garagem rotativa, (veículo fica apenas 1 semana do mês fora da cobertura). 
Pra quem quer ganhar tempo ter acessibilidade, comercio  e investir pouco essa oportunidade é única na região, tem tudo ali, Farmácia, super mercado Imperatriz, Comper, shopping center Ideal, Faculdade Estácio de Sá, colégio publico, curso e colégio Energia, transporte Publico toda hora e tem preço....


                                 VALOR R$ 95.500